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Família Dammous - MPB
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Disparada
(Geraldo Vandré/Théo) |
Prepare, o seu coração, pras coisas, que eu vou contar, Eu venho, lá do sertão, eu venho lá do sertão, Eu venho lá do sertão, e posso, não lhe agradar, Aprendi a dizer não, ver a morte, sem chorar, A morte o destino tudo, a morte o destino todo, Estava fóra de lugar, eu vivo pra consertar.
Na boiada já fui boi, mas um dia me montei, Não por um motivo meu ou de quem comigo houvesse, Que qualquer querer tivesse, porém por necessidade, Do dono de uma boiada, cujo o vaqueiro morreu, Boiadeiro muito tempo, laço firme braço forte, Muito gado, muita gente, pela vida seguirei, Seguia como num sonho, que boiadeiro era um rei, Mas o mundo foi rodando, nas patas do meu cavalo, E nos sonhos que fui sonhando, as visões se clareando, As visões se clareando, até que um dia acordei, Então não pude seguir, valente lugar tenente, E o dono de gado e gente, porque gado a gente marca, Tange, ferra, engorda e mata, Mas com gente, é diferente, Se você não concordar, não posso me desculpar, Não canto pra enganar, vou pegar minha viola, Vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar, Na boiada, já fui boi, boiadeiro, já fui rei, Não por mim nem por ninguém, Que junto comigo houvesse, Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa de seu, Por qualquer coisa de seu, querer mais longe que eu, Mas o mundo foi rodando, nas patas do meu cavalo, E já que um dia montei, agora sou cavaleiro, Laço firme, braço forte, de um reino que não tem rei!
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Frase |
Não é por termos vivido um certo número de anos que envelhecemos.
Envelhecemos porque abandonamos o nosso ideal. |
Francis Bacon |
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