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Família Dammous - MPB
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O Fim da História
(Gilberto Gil) |
Não creio que o tempo Venha comprovar Nem negar que a História Possa se acabar
Basta ver que um povo Derruba um czar Derruba de novo Quem pôs no lugar
É como se o livro dos tempos pudesse Ser lido trás pra frente, frente pra trás Vem a História, escreve um capítulo Cujo título pode ser Nunca Mais Vem o tempo e elege outra história, que escreve Outra parte, que se chama Nunca É Demais Nunca Mais, Nunca É Demais, Nunca Mais Nunca É Demais, e assim por diante, tanto faz Indiferente se o livro é lido De trás pra frente ou lido de frente pra trás
Quantos muros ergam Como o de Berlim Por mais que perdurem Sempre terão fim
E assim por diante Nunca vai parar Seja neste mundo Ou em qualquer lugar
Por isso é que um cangaceiro Será sempre anjo e capeta, bandido e herói Deu-se notícia do fim do cangaço E a notícia foi o estardalhaço que foi Passaram-se os anos, eis que um plebiscito Ressuscita o mito que não se destrói Oi, Lampião sim, Lampião não, Lampião talvez Lampião faz bem, Lampião dói Sempre o pirão de farinha da História E a farinha e o moinho do tempo que mói
Tantos cangaceiros Como Lampião Por mais que se matem Sempre voltarão
E assim por diante Nunca vai parar Inferno de Dante Céu de Jeová
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Frase |
Não tenho um caminho novo.
O que eu tenho de novo é um jeito de caminhar. |
Thiago de Melo |
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