Hoje, após muitas discussões, muitos livros e reportagens, a dieta da
proteína vem sendo seguida por muitas pessoas que visam o emagrecimento, o bem
estar e em resumo a saúde. Mas será mesmo que nesta dieta das proteínas o que
se está visando é a saúde do indivíduo?
A dieta hiperprotéica e hiperlipídica (muita proteína e muita gordura),
surgiu nos anos 70 pelo cardiologista Robert Atkins que prega que o que
faz as pessoas engordarem são os carboidratos (arroz, pães, massas, etc) e
não as gorduras e proteínas. A dieta do Dr. Atkins visa o emagrecimento por
via destes dois macronutrientes, com ingestão de apenas 40g por dia de
carboidratos.
O que todo mundo já sabe é que muita gordura, e principalmente a saturada
(presente nas carnes, frangos, laticínios, óleo de coco, etc) provoca muitos
males à saúde como o aumento do LDL-colesterol, "colesterol ruim",
que conseqüentemente causa a aterosclerose (depósito destas moléculas nas
artérias ou veias causando um "entupimento" das mesmas). O que a
maioria das pessoas não sabem, é que um aumento exagerado no consumo de
proteínas, levam estes nutrientes a se transformarem em gordura, e também
causam um aumento de substâncias tóxicas ao organismo (amônia).
O cérebro usa a energia dos carboidratos (glicose) para se alimentar e assim
realizar suas funções, mas sem o consumo deles, o corpo promove uma série de
reações, onde o pâncreas libera o hormônio glucagon, para que este aja no
tecido adiposo (na gordura depositada no organismo) e assim no fígado este
tecido é transformado em glicose.
Analisando este quadro você me pergunta: " Mas então se eu fizer esta
dieta eu vou emagrecer, pois vou estar queimando a gordura corporal, não é
mesmo?" Sim, é verdade, você irá perder peso. Mas, outro problema desta
dieta é que quando isto ocorre (quando apenas a gordura é utilizada e quebrada
para alimentar o cérebro), surgem substâncias chamadas de corpos cetônicos no
organismo e o indivíduo entra em estado de "cetose". Isto é, o
indivíduo elimina muito destes corpos cetônicos pela urina (cetonúria) e
também pelo ar expirado o que causa um imenso mau hálito. Estas substâncias
quando encontradas em muita quantidade no organismo podem provocar
intoxicação. A falta de glicose no organismo, em casos bem avançados, pode
levar a um coma (exemplo: diabéticos).
O que vale a pena ressaltar também, é que a maioria das pessoas que fazem
este tipo dieta, depois voltam a comer os carboidratos novamente, o que pode
acarretar num ganho de peso se esta ingestão não for controlada juntamente com
os outros nutrientes.
Depois de tudo isto que coloquei aqui, ainda vale a pena se submeter a este
tipo de dieta? O que vale é um regime alimentar correto, com todos os
nutrientes: carboidratos, lipídeos e proteínas. O que vale é uma vida
SAUDÁVEL!!!
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