Eficácia
da niacina nos níveis de lipídios, lipoproteínas e controle glicêmico em
pacientes com diabetes e doença arterial periférica
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Effect of
niacin on lipid and lipoprotein levels and glycemic control in patients with
diabetes and peripheral arterial disease
Marshall B. Elam, PhD, MD; Donald B. Hunninghake, MD; Kathryn B. Davis, PhD;
Rekha Garg, MD, MS; Craig Johnson, MS; Debra Egan, MSc, MPH; John B. Kostis, MD;
David S. Sheps, MD; Eliot A. Brinton, MD; pesquisadores do ADMIT
Contexto: embora a niacina eleve os níveis de colesterol de
lipoproteína de alta densidade (HDL-C), que freqüentemente acompanham a
diabetes, as orientações atuais não recomendam o uso de niacina em pacientes
com diabetes por causa das preocupações com efeitos adversos no controle da
glicemia; entretanto, isto está baseado em dados clínicos limitados.
Objetivo:
determinar a eficácia e a segurança de dosagens modificadoras de lipídios de
niacina em pacientes com diabetes.
Materiais
e métodos: estudo clínico prospectivo, randomizado, controlado por
placebo, conduzido em 6 centros clínicos entre agosto de 1993 e dezembro de
1995.
Participantes:
um total de 468 participantes, inclusive 125 pacientes com diabetes, que tiveram
diagnóstico de doença arterial periférica.
Intervenções:
após um período inicial ativo, os participantes foram designados
randomicamente para receber niacina (ácido cristalino nicotínico), 3000 mg/d
ou dosagem máxima tolerada (n = 64 com diabetes; n = 173 sem diabetes), ou
placebo (n = 61 com diabetes; n = 170 sem diabetes) por um período de até 60
semanas (12 semanas inicias ativas e 48 semanas em regime duplo-cego).
Principais
resultados da medida: níveis de lipoproteína no plasma, glicose, hemoglobina A1c
(HbA1c), alanina aminotransferase e ácido úrico; uso de droga hipoglicêmica;
observância; e eventos adversos em pacientes com diabetes versus sem diabetes
que receberam niacina versus placebo.
Resultados:
o uso de niacina elevou o HDL-C significativamente em 29% e 29% e abaixou
triglicérides em 23% e 28% e colesterol de lipoproteína de baixa densidade
(LDL-C) em 8% e 9%, respectivamente, em participantes com e sem diabetes
(P<.001 para niacina versus placebo para todos). As mudanças correspondentes
em participantes que receberam placebo foram aumentos de 0% e 2% em HDL-C e
aumentos de 7% e 0% em triglicérides e aumentos de 1% e 1% em LDL-C. Os níveis
de glicose foram aumentados modestamente pela niacina (8,7 e 6,3 mg/dL [0,4 e
0,3 mmol/L]; P =0,04 e P<0,001) em participantes com ou sem diabetes,
respectivamente. Níveis de HbA1c permaneceram inalterados em relação aos
valores iniciais no acompanhamento de participantes com diabetes tratados com
niacina. Em participantes com diabetes tratados com placebo, o HbA1c diminuiu em
0,3% (P =0,04 para a diferença). Não houve diferenças significativas na
interrupção da niacina, dosagem de niacina ou terapia hipoglicêmica em
participantes com diabetes designados para tomar niacina versus placebo.
Conclusões:
nosso estudo sugere que dosagens de niacina modificadoras dos lipídios podem
ser usadas com segurança em pacientes com diabetes e que a terapia com niacina
pode ser considerada uma alternativa para drogas Statin ou fibratos em pacientes
com diabetes que não toleram esses agentes ou que não conseguiram corrigir
suficientemente a hipertrigliceridemia ou níveis baixos de HDL-C.
Fonte:http://www.connectmed.com.br
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