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A bulimia nervosa é um transtorno com característica predominante de
orgia alimentar, que significa a ingestão incontrolável, muito rápida dos
alimentos em um curto período de tempo e em quantidades exacerbadas. Comparada
à fome de um boi, a palavra bulimia tem sua etimologia originada do grego; BOUS
(boi) e LIMOS (fome). Essa
doença é encontrada com maior incidência em adolescentes mais velhos, onde os
pacientes em um período de tempo têm um tipo de compulsão alimentar, forçando
um vômito após a ingestão exagerada de energia, ocorrendo desconforto
abdominal e sono. Juntamente ocorre o sentimento de culpa, depressão (chamada
também de “angústia-pós-comilança”) e auto-aversão[1].
Usam de laxantes e diuréticos. Esse primeiro tipo é chamado de purgativo. Os
bulímicos do tipo não purgativo controlam seu peso através de uma dieta rígida,
jejum ou exercício físico em excesso. Muitos
dos pacientes estão envolvidos com certas profissões, como é o caso dos jóqueis,
atletas, manequins, bailarinas e etc. A
principal característica dos bulímicos é o episódio chamado
“binge-eating” ou “comer-compulsivo”. Esse comportamento é descrito com
uma ingestão de alimentos muito energéticos (calóricos), de forma compulsiva,
num curto espaço de tempo (inferior a duas horas), até o limite da capacidade
gástrica, ingerindo até 20.000Kcal durante um episódio (o máximo já
registrado). [2] Os
alimentos ingeridos nestes episódios consistem em doces, biscoitos, na maioria
carboidratos que geralmente são excluídos de sua dieta.
Aproximadamente
30% dos casos de bulimia nervosa, são de indivíduos que já apresentaram
anorexia nervosa, porém essa de pouca duração. Na bulimia raramente há uma
perda de 15% do peso do corpo. Existe
um outro subgrupo de bulímicos, os chamados multiimpulsivos, que não têm a
capacidade de controlar os impulsos. Esses pacientes abusam de álcool e drogas,
podendo também exibir um comportamento de automutilação e furtos. Esses
doentes podem ter passado por abuso sexual. Os
pacientes com esse distúrbio alimentar não têm hábitos de comer regularmente
e ao final das refeições não se sentem saciados, preferindo sempre se
alimentar em suas casas, porém, sozinhos. Os
bulímicos podem ser genética ou fisiologicamente predispostos a terem essa
doença, pois uma grande parte dos pacientes vem de famílias com membros alcoólatras
e depressivos, que são duas características para desenvolvimento do distúrbio
alimentar (isso também explica grande parte dos pacientes deprimidos). Existe
uma luta para a separação maternal por parte do próprio doente, podendo ser
tanto consciente como inconsciente. Sempre procuram brigar com a mãe e com isso
afastar-se dela. A
quantidade de alimentos que esses doentes ingerem é considerada por eles um
exagero, por isso auto-induzem o vômito, é um segredo apenas dos próprios
pacientes. Muitas vezes não passa de uma ingestão normal de energia. As
complicações orgânicas são bem aparentes nos bulímicos, como: hipertrofia
das glândulas parótidas, lesão de pele no dorso da mão e desgaste dentário
provocado pelo suco gástrico dos vômitos.[3]
O
tratamento para esses pacientes é muito parecido com o dos anoréticos, podendo
também necessitar de internação. Precisam de uma dieta balanceada e com
quantidades adequadas de alimentos. Necessitam durante e depois de
acompanhamento psicológico. O bulímico evita o tratamento por ter vergonha e
em função de humilhação, e não por negar o seu comportamento alimentar
anormal. No bulímico com compulsão purgativa existe uma melhora de
aproximadamente 50%. Algumas recomendações básicas devem ser dadas aos
pacientes com bulimia nervosa como podemos observar no TEXTO 2. Sem
um tratamento eficaz, o indivíduo que apresentou bulimia nervosa, pode ter recaídas
em períodos de exigências emocionais. NOVA DROGA COMBATE A BULIMIA O
medicamento foi desenvolvido por uma equipe da Universidade de Minnesota, nos
Estados Unidos. O
remédio reduziu os efeitos da bulimia; ele vem sendo utilizado para combater
efeitos colaterais da quimioterapia, como a náusea e o vômito. Como a builimia provoca fome
insaciável, levando ao consumo exagerado de alimentos, e depois ao vômito
induzido. Das
26 mulheres que participaram da pesquisa, 14 tomaram o novo remédio e as outras
12 utilizaram tratamentos convencionais. As que usaram o medicamento novo
tiveram resultados melhores. A fome diminuiu e houve poucos casos de vômito.
Considerada uma doença de causa psicológica, os tratamentos de combate à
bulimia se baseiam em psicoterapia, antidepressivos e dieta equilibrada e
disciplinada. O novo remédio, no entanto parte da hipótese de que também exista uma causa fisiológica. [1] Talbott, John A. et al: Tratado de Psiquiatria. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992. [2] http://www.brazilpednews.org.br/marco99/ar999002.htm [3] Mitchell e cols, 1990. Retirado do livro Psiquiatria Básica organizado por Rodrigues, Mario et al. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995
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