Trovoadas
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Desenvolvimento de uma Trovoada Ordinaria |
O desenvolvimento de uma trovoada ordinária dá-se pelo aquecimento das temperaturas de alta superfície,
e estas trovoadas são muito comuns à tarde e à noitinha. Contudo, o aquecimento da
superficie não é geralmente suficiente sòzinha para causar um crescimento
elevado nas nuvens cúmulunimbus. Uma célula solitária de ar quente
ascendendo, produzido por uma superfície aquecida, pode sòmente produzir
uma pequena nuvem cumulus. Mistura entre
o ar úmido de uma nuvem nova e ar frio e sêco causam evaporação que dissipa
a nuvem em 10-15 minutos.
Estágio de Cumulus
O desenvolvimento de uma alta nuvem cúmulunimbus de 12km ou raramente de
20km, requer um fornecimento contínuo de ar úmido. Cada nova ascensão de ar
úmido se eleva mais alto do que o último, aumentando assim a altura da nuvem.
Esta fase no desenvolvimento de uma trovoada é chamada estágio de cumulus,
e a mesma é dominada por corrente de ar ascendente. Estas correntes de ar
ascendentes, podem alcançar ocasionalmente uma velocidade de 160km/h para
acomodar enormes granizos.
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Imagem: Alexander Markham |
Figura 1a Os principais movimentos de ar dentro e ao
redor de uma trovoada em formação (cumulus). |
Uma vez que a nuvem passa além do nível de congelamento, ocorre a
precipitação. Normalmente, dentro de uma hora do seu nascimento, a acumulação
de precipitação na nuvem é muito grande para a corrente de ar ascendente suportar.
A precipitação caindo causa um arrastamento no ar iniciando uma corrente de ar
descendente.
A criação da corrente de ar descendente é também ajudada pelo influxo do ar frio
e seco rodeando a nuvem, um processo chamado entranhamento. Este processo intensifica a corrente de ar descendente,
porque o ar acumulado é fresco e sendo assim é pesado. Mas provàvelmente a
maior importância é que este ar é seco. Daí, causando evaporação em algumas
precipitações que caem (processo de resfrio), resfriando o ar dentro da
corrente de ar descendente.
Estágio de Maturidade
Ocorre a precipitação, quando a corrente de ar descendente deixa a base da
nuvem. Isto marca o começo de uma nuvem no estágio de maturidade (Figura 1b). A corrente de
ar descendente fresca se espalha lateralmente na superfície e pode ser
sentida no solo antes da precipitação. Os fortes pés de
ventos frescos na superfície indicam que as correntes de ar descendentes estão acima.
Durante a fase matura, correntes de ar ascendentes e
descendentes coexistem lado a lado e continuam no enlargamento da nuvem.
Quando a nuvem cresce acima da região instável (normalmente localizada na
base da estratosfera), as correntes de ar ascendentes se espalham lateralmente
produzindo um topo de bigorna característica. Nuvens cirrus (geralmente gelos
cristalizados), formam o topo e são espalhados para baixo pelos rápidos
ventos altos. O período mais ativo de uma trovoada é a fase matura, com pés de
ventos, raios, fortes precipitações e as vezes granizos.
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Imagem: Alexander Markham |
Figura 1b Os principais movimentos de ar dentro e ao
redor de uma trovoada matura (cúmulunimbus). |
Estágio de Dissipação
Uma vez iniciada a corrente de ar descendente, faz com que o ar em volta da célula (nuvem),
tornar-se mais fresco e seco.
Eventualmente, as correntes de ar descendentes dominam toda a nuvem e inicia
o estágio de dissipação (Figura 1c). O efeito de resfrio da precipitação
que cai e o influxo de ar mais frio de cima, marcam o final de uma atividade
de trovoada. Sem umidade, a nuvem se evapora ràpidamente, algumas
vezes deixando sòmente a bigorna de nuvens cirrus. Dentro de um complexo de
trovoadas, a duração de uma célula cúmulunimbus sòzinha é de uma à duas horas.
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Imagem: Alexander Markham |
Figura 1c A trovoada se dissipando. |
Em resumo, os estágios em desenvolvimento de uma trovoada são:
1. | O estágio de cumulus na qual correntes de ar ascendentes dominam toda
nuvem e cresce de cumulus para cúmulunimbus. |
2. | O estágio de maturidade caracterizada quando correntes de ar ascendente e
correntes de ar descendente coexistem lado a lado. |
3. | O estágio de dissipação dominada por correntes de ar descendentes,
causando evaporação da estrutura. |
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